Fomos ao cinema ontem. Com as amigas da escola. Encontramos também a amiga da infância, que ele ama de paixão. Ele teve dificuldades de administrar estar todo mundo junto naquele momento. As resistências foram ficando gradativamente evidentes. Não queria oferecer o bolo, não queria dar as mãos para subir a escada rolante, não queria dividir a pipoca, não queria ninguém perto. Frustrações à flor da pele e nenhuma chance de lidar com elas.

E nem eu com as minhas. Tentei contornar a situação de várias maneiras. Chamei em particular, conversei sério, ameacei (difícil me livrar das ameaças), lembrei com saudosismo dos velhos tempos em que um puxão de orelha resolvia tudo. Queria que ele conseguisse identificar o que estava sentido, revertesse o sentimento, pedisse desculpa e fosse feliz para sempre durante uma sessão de cinema. Vontade de sair correndo.

O filme acabou e ele continuou. Era fome? Era sono? Era gratuito? Era cansaço? O horário? Fui eu?

Ele devorou a janta no restaurante, dormiu assim que sentou no carro, eu desabei quando cheguei em casa. Em comum, as frustrações, dele e minhas. Hoje acordei e entendi (mentira, ainda tô assimilando).

E sabe o que era? Dois seres humanos em formação, crescendo juntos, vivendo e aprendendo. Porque na vida a gente nunca para de aprender, só se renovam as lições. Ontem foi aquela equação matemática que eu desisti de entender por nunca conseguir nem começar. Só que de filho não dá pra desistir, no way. Sigamos então.

Obrigada, universo. Posso te pedir o favor? Manda umas dicas aí. Nunca te pedi nada.

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